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Ao menos 12 detentos da Unidade Prisional Avançada de São Miguel do Oeste foram beneficiados com a concessão da saída temporária neste final de ano. A informação é do gestor da UPA, André Oliveira. De acordo com ele, o benefício está previsto na Lei de Execução Penal e deve ser analisado e autorizado pela justiça.

As saídas ocorreram na última quarta-feira, 23. Ele explicou que cada detento tem direito a sete dias de liberdade dentro deste período. A vantagem foi concedida aos internos do regime semiaberto que possuem bom comportamento e tempo de cumprimento da pena suficiente para deixar a unidade prisional temporariamente.

Caso o apenado não retorne à unidade dentro prazo estipulado, ele passa a ser considerado foragido da Justiça e pode regressar ao regime fechado, onde não terá direito a novas saídas.

De acordo com o comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar de Fronteira, coronel Jailson Franzen, a saída temporária de presos para as festas de Natal e Ano Novo é um motivo de preocupação para a Polícia Militar. Ele destacou que esse é um período de aumento das ocorrências policiais e isso tem relação com as solturas temporárias de presos.

Em Santa Catarina, cerca de 1.700 detentos foram beneficiados pela saída temporária. Franzen comentou que muitos foram detidos por envolvimento com o tráfico de drogas ou são dependentes químicos. Durante a saída, é possível que alguns cometam crimes para manter o vício. Ele reconhece que a saída temporária é legal, mas a PM vê essa questão com muita preocupação.

Já o gestor da Unidade Prisional Avançada de São Miguel do Oeste, André Oliveira comentou que os detentos que saíram temporariamente da unidade tiveram bom comportamento na cadeia e será muito raro se alguns deles se envolver em novas ocorrências policiais.

Ele explicou que os presos que receberam o benefício tem intenção de voltar para cumprir logo a pena e voltar a conviver em sociedade. O problema, de acordo com André, são os detentos que saem de outras unidades prisionais e passam o final de ano na região. Muitos não querem voltar para a cadeia e acabam cometendo novos delitos.