30.11.2025 às 20:21h - atualizado em 30.11.2025 às 21:59h - Santa Catarina

Em SC, mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave disparam e já superam total de 2024

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

Em SC, mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave disparam e já superam total de 2024
Foto: Divulgação, Ascom

As mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 2025 já superaram o total registrado em 2024, segundo dados do Centro de Informações Estratégicas para a Gestão do Sistema Único de Saúde de Santa Catarina (Cieges/SC). Até quinta-feira (27), foram contabilizadas 868 mortes no ano, 111 a mais do que as 757 registradas em todo 2024.

A Síndrome Respiratória Aguda Grave é quando a doença evolui com falta de ar, dor no peito, saturação de oxigênio baixa ou coloração azulada nos lábios ou rosto. A síndrome pode ser causada por vários vírus respiratórios, entre eles a influenza e Covid-19.

Casos em Santa Catarina

Das 868 mortes registradas em 2025, o levantamento indica que mulheres entre 70 e 79 anos foram o grupo mais atingido, correspondendo a 52,9% do total. Já 183 pessoas, entre homens e mulheres de 60 a 69 anos, perderam a vida.

Em relação aos vírus, a influenza aparece como responsável por 264 mortes, o rinovírus por 81, a Covid-19 por 70, enquanto 356 mortes seguem atribuídas a agentes não identificados.

Florianópolis é a cidade com mais casos no Estado: 1.916 confirmações e 102 mortes em 2025. Em 2024, a Capital teve 1.752 casos e 78 perdem a vida.

— Esse foi um fenômeno que aconteceu praticamente no país todo. Estudos estão sendo conduzidos para se entender a fundo a razão deste aumento da letalidade da influenza no ano de 2025 no Brasil — afirmou o médico Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde.

— Uma das hipóteses que foi levantada é a queda da cobertura vacinal contra influenza nestes anos pós pandemia. Com essa queda sistemática da proteção da vacina podemos estar vendo o aumento da mortalidade nos grupos que são mais vulneráveis e que deveriam estar recebendo a vacina todos os anos, como os idosos e crianças pequenas — justificou o médico.

— Quem está vacinado está mais protegido contra a doença grave pelo vírus influenza — destaca Gaudenzi.

Medidas para combater a SRAG em Santa Catarina

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforçou em nota que, desde o primeiro semestre, intensificou ações para conter o avanço da SRAG.

Foram realizadas campanhas de vacinação antecipadas e ampliadas para toda a população a partir dos seis meses. Também acontecem comunicações sobre prevenção e ações locais, como vans e mutirões de imunização.

“A imunização protege contra os principais vírus influenza em circulação no país e reduz significativamente o risco de complicações e casos graves. Consulte a sua unidade de saúde para verificar os locais de aplicação das vacinas”, destacou a nota da Secretaria.

Além disso, para atendimento, foram abertos 56 leitos emergenciais em 2025, somando-se aos 291 criados desde 2023, em uma rede que totaliza 1.463 vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adultos e infantis.

A SES orienta ainda a população a procurar vacinação, especialmente idosos, crianças e pessoas com comorbidades, e a seguir medidas básicas de prevenção.

Fonte: NSC Total

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