28.06.2023 às 06:30h - Política
O Partido dos Trabalhadores mobilizou a militância para acompanhar nesta terça-feira, 27, a visita do ministro dos Transportes, Renan Filho, a obras nas rodovias federais de Santa Catarina. A estratégia integra uma série de recados pouco discretos que foram enviados nesta semana pelo PT ao MDB no Estado. O cabo de guerra é pelas entregas do governo federal.
Lula venceu as eleições em uma frente ampla e abriu o governo para os partidos que apoiaram o presidente no segundo turno. Mas o PT em SC avalia que vinha sendo omitido pelos parceiros no Estado.
Na segunda à tarde, lideranças petistas articulavam para que os atos desta terça tivessem “o carimbo do governo Lula”. O entendimento é que o MDB estadual vinha monopolizando a pauta da infraestrutura, que é o maior gargalo de SC e recebeu reforço de orçamento – o que significa que o governo federal terá o que entregar.
Vale a ressalva de que o mal-estar diz respeito às lideranças locais e não se estende ao ministro Renan Filho, que é emedebista e bem avaliado no governo – teve as falas em SC consideradas “irretocáveis”
Localmente, no entanto, outra sinalização já havia ocorrido na proposta de solução para a crise do Porto de Itajaí. O anúncio foi feito pelo presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, “representando o Ministério dos Portos e o presidente Lula”. Décio Lima passou o fim de semana reunido com trabalhadores portuários afetados pela falta de movimentação de cargas.
Dias antes, imagens de uma reunião do ministro dos Portos, Márcio França, com o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB) e os deputados federais Carlos Chiodini (MDB) e Jorge Goetten (PL), havia provocado ruído. A agenda ofuscou uma reunião de parlamentares petistas com o ministro, que ocorreu logo depois. O resultado é que o anúncio oficial de um novo modelo de autoridade portuária “apareceu na foto” com representantes do MDB e PL, partido de Bolsonaro.
Fontes do PT de SC dizem que o partido “não quer cometer os erros da era Luiz Henrique da Silveira”. Os tais erros incluiriam “deixar que usem as entregas do governo mas não sejam parceiros” no Estado.
Fonte: NSC Total
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