27.11.2020 às 12:54h - atualizado em 27.11.2020 às 13:55h - Meio Ambiente

Ameosc solicita ajuda imediata para atingidos pela estiagem

Kelly Figueiró

Por: Kelly Figueiró São José do Cedro - SC

Ameosc solicita ajuda imediata para atingidos pela estiagem
Cassia dos Santos

"A ajuda do Governo do Estado, não pode ser para daqui a 2, 3 ou 5 dias, o auxílio aos municípios deve ser para hoje" afirmou o Prefeito de São José do Cedro e presidente da Ameosc, Plinio de Castro, durante uma reunião online com a Governadora Daniela Reinehr.

Na tarde da última quinta-feira, 26, reuniram-se na sala virtual do Governo, a Governadora de Santa Catarina Daniela Reinehr, o Secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Gouvêa, o Secretário de Estado da Saúde, Sr. André Motta, o Chefe da Defesa Civil do Estado, Aldo Baptista Neto, o Presidente da FECAM e Prefeito de Rodeio, Paulo Weiss, O Presidente da AMEOSC e Prefeito de São José do Cedro Plinio de Castro e o Presidente da AMERIOS, Prefeito de Modelo Ricardo Maldaner.

De acordo com Plinio, os assuntos abordados e discutidos na reunião foram a estiagem que assola os municípios da região e também a pandemia da Covid-19, com ênfase na estiagem.

Agilidade

Em seu pronunciamento, Plínio, lembrou da importância da celeridade na busca por soluções acerca da estiagem. “Os municípios estão sofrendo com os danos decorrentes, estamos vivendo um verdadeiro caos, e a ajuda do Governo do Estado, não pode ser para daqui a 2, 3 ou 5 dias, o auxílio aos municípios e aos agricultores deve ser para hoje. Estamos chegando ao estado de calamidade e não podemos mais esperar”, enfatizou o Prefeito. “Os rios estão secando, os animais já não têm água para beber e em muitos lugares também já falta comida, sem contar que muitas famílias já não possuem água potável em suas residências. Não podemos mais esperar, precisamos de ajuda agora, pois os municípios estão atendendo até aqui, mas a continuidade, sem auxílio, está ficando difícil. ”

Prejuízo de meio bilhão

O Prefeito destacou que, por meio de um levantamento já realizado pelas Defesas Civis Municipais, constatou-se perdas de em torno de meio bilhão de reais nos 19 municípios que fazem parte da AMEOSC, deixando todos os municípios em estado de emergência.

Plinio foi enfático e solicitou ajuda emergencial e urgente à Governadora e demais, informando ser necessário caminhões para distribuição de águas, kits de abastecimento e, possivelmente, caixas d’água.

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Daniela Reinehr informou que existe uma orientação clara para com os municípios a respeito dos decretos de calamidade, possibilitando o encaminhamento das normativas de forma mais célere e eficaz. Revelou que solicitou a criação de um gabinete de crise específico para a estiagem, com foco em projetos eficazes para atender as necessidades dos municípios, melhorando a comunicação e orientação aos prefeitos e demais gestores da melhor forma possível, no intuito de aliviar os efeitos da estiagem.

Já o Secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Gouvêa, informou que foram lançados programas no intuito de auxiliar as prefeituras com recursos para que as mesmas busquem pagar óleo diesel, contratar caminhões de distribuição de água, compra de caixa d’água e demais insumos. Constatou que 31 municípios já homologaram estado de emergência, de forma que os recursos já estão sendo liberados para as prefeituras.

O Secretário destacou que os municípios em estado de emergência estarão recebendo recursos no valor de R$ 100.000,00 e orientou que os prefeitos procurem a EPAGRI para auxiliar na transferência de recursos.

O Chefe da Defesa Civil do Estado, Aldo Baptista Neto, informou que tem registrado 80 municípios com decreto de emergência vigente, dos quais 31 estão homologados e seguiram para o Governo Federal para reconhecimento.

Segundo Aldo, a Defesa Civil, por solicitação da Governadora, optou por direcionar e agilizar decretos municipais e individuais, simplificando as exigências de documentos. Por fim, informou que as estratégias da Defesa Civil foram divididas entre estadual e federal, sendo que o estado ficou responsável pelo fornecimento de água potável e envazada para a população, reservatórios para aumentar a capacidade de reserva de água, kit de transformação para os caminhões basculantes e os de transporte de água limpa para consumo humano e animal, já a união tem a responsabilidade de fornecer cesta de alimentos e combustível para frota municipal.

Fonte: Ascom

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