27.06.2025 às 20:09h - atualizado em 27.06.2025 às 20:17h - São Miguel do Oeste

“Não é reforma, é nomeação política”, diz Pandolfo sobre projeto aprovado pela Câmara

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

“Não é reforma, é nomeação política”, diz Pandolfo sobre projeto aprovado pela Câmara
Foto: Divulgação, Ascom

Com nove votos a favor e três contra, a Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste aprovou nesta sexta-feira, 27, em primeiro turno, o Projeto de Lei Complementar 06/2025, que modifica a estrutura administrativa da prefeitura e cria novos cargos comissionados.

O texto ainda passará por uma segunda votação antes de ir para sanção do prefeito. Entre os votos contrários está o do vereador Adilson Pandolfo, que fez duras críticas à proposta e acusou o Executivo de usar o projeto para acomodar aliados políticos.

“É vendido como reforma, mas é só um jeito de aumentar o número de cargos comissionados. Estão criando funções sem necessidade, apenas para atender quem ajudou na campanha”, afirmou Pandolfo à Rádio Peperi.

O parlamentar destacou que o ex-prefeito Trevisan, com quem o atual prefeito trabalhou como vice, comandou o município por oito anos sem precisar mudar a estrutura. “A máquina funcionava bem, e agora querem mudar tudo”, completou.

Pandolfo disse ainda que alguns cargos até podem ser justificáveis, como na área da saúde e educação, mas que a maioria das mudanças só incham a folha de pagamento. “Tem cargo novo sem ninguém efetivo pra chefiar. Isso fere o princípio da eficiência. É gasto a mais onde já falta recurso”, criticou.

Segundo a prefeitura, o impacto na folha seria de menos de 1%, que hoje está em 41,6% da receita municipal. Mesmo assim, Pandolfo questiona a prioridade da gestão.

“Dá pra usar essa margem pra contratar servidores efetivos, que vão continuar depois que o prefeito sair. Agora, só se cria cargo de confiança que troca com o governo. Isso é um erro estratégico”, afirmou.

O projeto gerou debates acalorados na Câmara e, segundo Pandolfo, levou quase dois meses para ser ajustado. “Tinha divergência até dentro da base. Agora, de repente, todo mundo concordou. Milagres da política”, ironizou.

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