26.01.2021 às 14:07h - atualizado em 26.01.2021 às 14:44h - Vacina

Vacina tríplice viral reduz risco de sintomas de covid, diz estudo da UFSC

Marcos de Lima

Por: Marcos de Lima São Miguel do Oeste - SC

Vacina tríplice viral reduz risco de sintomas de covid, diz estudo da UFSC
Foto: Salmo Duarte, NSC Total

Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostrou que voluntários vacinados com a vacina tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola, tiveram redução de 54% na possibilidade de terem sintomas de Covid-19. O imunizante também mostrou diminuir em 74% as chances de internação por conta da doença.

Os resultados preliminares integram o estudo do Centro de Pesquisa do Hospital Universitário da UFSC, que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).

A tríplice viral é uma vacina atenuada – usa técnica com micro-organismos vivos, mas enfraquecidos. Estudos têm mostrado que esse imunizante pode apresentar resposta imunológica a vários outros agentes. Desde julho, pesquisadores de SC estudam o possível efeito da tríplice viral na prevenção de infecção, sintomas e internações por Covid-19. Os primeiros resultados foram apresentados em outubro e já indicavam eficácia promissora.

A pesquisa envolve 430 voluntários da área da saúde. Uma parte recebe a tríplice viral e a outra, placebo – substância sem efeito. O estudo ainda está em andamento com avaliação clínica e exames PCR dos participantes, mas a previsão é de que seja concluído em março. Os dados preliminares apresentados fazem parte de uma nota prévia de “análise interina dos dados” antecipada pelos pesquisadores.

Segundo o professor Edison Natal Fedrizzi, coordenador do estudo, uma “análise interina” ocorre quando já é possível verificar a eficácia de uma substância em relação ao placebo.

Os pesquisadores afirmam que a ideia do estudo não é substituir as vacinas específicas contra Covid-19, que recentemente começaram a ser aplicadas no Brasil. A tríplice viral já faz parte do calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) e poderia ser mais uma aliada na estratégia de vacinação.

O estudo da UFSC ainda avalia por quanto tempo a tríplice viral protege contra o novo coronavírus. A hipótese é de que seja de três a seis meses, no caso de uma dose, ou de oito meses a um ano, quando aplicadas duas doses.

Vale frisar que para proteger contra o novo coronavírus, seria necessário tomar uma nova dose da tríplice viral. Pessoas que já foram vacinadas com o imunizante na infância, por exemplo, não possuem a possível proteção contra sintomas e internações pelo novo coronavírus. Isso porque o mecanismo de ação neste caso é diferente.

Fonte: NSC Total

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