25.11.2020 às 15:46h - atualizado em 25.11.2020 às 16:00h - Geral
O museu comunitário Almiro Theobaldo Müller de Itapiranga é considerado uma referência por seu amplo acervo de povos que habitaram a região no passado. A partir desta quarta-feira, 25, terá novas atrações para a população local e turistas que visitam o espaço em prédio histórico ao lado da Igreja Matriz.
Conforme a arqueóloga do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina, o Ceom, professora Mirian Carbonera, nesta quarta-feira inicia a exposição de urnas arqueológica encontradas no ano passado no interior de Itapiranga. Destaca que em Linha Aparecida, no mês de fevereiro de 2019 foi localizado um conjunto funerário com vasilha de argila e tampa. Já em julho do ano passado, em Sede Capela, foi achado uma vasilha sem vestígio que tenha sido usada para enterro de uma pessoa. A urna também não possuía tampa.
A arqueóloga explica que as peças foram restauradas na sede da Uno Chapecó e ficarão à disposição da comunidade de Itapiranga por no mínimo seis meses em um trabalho de parceria com o museu. Mirian destaca que as três peças estão acompanhadas de informações para as pessoas entenderem a importância da exposição. O Ceom, realizou o transporte das peças consideras extremamente frágeis e que exigem muito cuidado no manuseio. A arqueóloga avalia que as urnas devem ser de uma época entre 500 e mil anos atrás. Chama atenção que a falta de material com carvão dificulta estabelecer uma data com maior precisão da fabricação das urnas. Após a exposição no museu de Itapiranga as peças voltam para a sede do Ceom, em Chapecó. A exposição foi organizada, a partir de um edital estadual de estimulo a cultura.
Região próximo ao Rio Uruguai é rica em objetos antigos. A arqueóloga Mirian Carbonera, explica que existiram dois momentos de ocupação antes da chegada do homem branco. Estudos apontam que no período de 10 a 12 mil anos ocorreu a primeira colonização e a partir de dois mil anos atrás novos grupos que já eram agrícolas e produziam milho e outras culturas além da caça e pesca, habitaram a região.
Conforme a arqueóloga, eram sociedades com grande quantidade de habitantes. Ela cita a grande quantidade de objetos encontrados a partir da colonização em 1926. Reforça que estes objetos fazem parte do patrimônio da humanidade e contribuem para contar as histórias da região. Mirian elogia a postura das famílias que preservam objetos localizados como no caso de Marlene e Valdemar Schoenhals de Sede Capela, além da família de Tarcisio Ternus de linha Aparecida, ambas no interior de Itapiranga.
Conforme a diretora do museu, Rose Gass, o atendimento normal acontece das 7h30 até 11h30 e a tarde das 13 às 17 horas. Para maiores informações podem ligar no telefone 36770423 ou cel/watts 49 9 9964 4118.
Foto(s): Diógenes Di Domenico/ Portal Peperi
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