24.06.2020 às 09:40h - Geral
O projeto de restauração da mata ciliar do Rio Camboim deve ser finalizado neste ano em São Miguel do Oeste. A informação é da extensionista da Epagri, Leonilda Villani. Ela participou do RPN segunda edição na última semana e trouxe detalhes dessa ação no município.
Conforme ela, o trabalho de restauração é de extrema importância visto que o rio acaba abastecendo todos os bairros. De acordo com ela, o projeto iniciou em 2010, completando10 anos neste ano. Segundo Leonilda, o trabalho é extenso e complexo e por isso a demora de uma década na sua execução.
Ela informou que o projeto desenvolvido pela Epagri visa à proteção de todas as nascentes. A ação prevê ainda o isolamento com cercas da mata ciliar e de todas as cinco nascentes ao longo do rio Camboim. Leonilda ressaltou que o rio tem início na Linha Bela Vista das Flores e vai até a Linha Gramadinho. A profissional citou que o isolamento consiste na colocação de seis fios de arames de aço, além da colocação de postes de madeira tratada. Ela lembrou que em 2010 a ação iniciou na Linha Três Curvas seguindo por toda a sua extensão.
Leonilda salientou que o rio Camboim é bastante sinuoso e por isso o trabalho foi mais demorado. A profissional esclareceu que o objetivo do projeto é melhorar a qualidade e a quantidade da água, além de recuperar o rio em toda a sua extensão. Leonilda Villani explicou que a mata ciliar funciona como uma espécie de filtro, diminuindo a contaminação da água por meio do excesso de terra oriundo das fortes chuvas, além dos agrotóxicos utilizados nas propriedades do interior. Ela lembrou ainda que em dias mais quentes a evaporação da água também será menor.
A extensionista comentou que várias entidades fazem parte desse projeto de restauração da mata ciliar do Rio Camboim. Entre as entidades parceiras, ela citou a prefeitura, Sicoob, Casan, escolas, IFSC, Instituto Catuetê, Polícia Militar Ambiental entre tantas outras. Ela disse ainda que o local já recuperado está servindo como uma espécie de laboratório de estudo, onde os alunos e interessados tem a oportunidade de verificar os resultados já obtidos nas ações executadas há 10 anos.
Leonilda Villani declarou ainda que a Epagri está desenvolvendo neste momento um trabalho de visitas às propriedades que ainda faltam ser beneficiadas com o projeto de recuperação do Rio Camboim. Ela argumentou que a ação consiste em verificar a metragem para que as entidades possam fazer um levantamento da quantidade de materiais que serão utilizados em determinadas áreas.
Leonilda revelou que o valor do projeto é oriundo do Sicoob e do Fundo Municipal de Bens Lesados. A extensionista disse que até o momento já foram investidos R$ 225 mil apenas em materiais. Ela lembrou que no inicio os próprios agricultores bancaram os gastos por isso o montante final investido deve girar em torno de R$ 300 mil.
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