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A Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste, a Acislo divulgou nesta semana o resultado da pesquisa online, lançada pela entidade no início de janeiro, que teve o objetivo de identificar o perfil e as demandas dos usuários de linhas aéreas que residem naquele município. Segundo a Acislo, a intenção era coletar informações para subsidiar as administrações aeroportuárias de Chapecó/SC e Pato Branco/PR no pleito de novas linhas aéreas.

Na oportunidade, o gerente executivo da Acislo, Gilberto Wohlfarth Junior, afirmou que a pesquisa tinha a função de contribuir na elaboração do perfil desses usuários. Para tanto, não foram solicitadas nenhuma informação de identificação, apenas foi pedido que os usuários respondessem as questões com fidelidade, para que a pesquisa pudesse expressar a realidade do município sobre a questão.

Segundo Wohlfarth Junior, o levantamento dos dados vai permitir que São Lourenço do Oeste aponte quais são as suas demandas às administrações aeroportuárias de Pato Branco e Chapecó, já que a sociedade local tem utilizado muito esses dois aeroportos.

Como foi realizada de forma eletrônica, a pesquisa foi disparada via grupos de aplicativo celular, e-mail e redes sociais e as pessoas que utilizam essas linhas aéreas, no intuito de colaborar com o levantamento de dados, puderam participar de 6 a 17 de janeiro.

De acordo com a entidade, foram ouvidas 180 pessoas, ou seja, uma amostragem baseada na população oficial da cidade, de 139 pessoas para cada grupo de mil pessoas. Os assuntos pesquisados para traçar o perfil dos usuários foram faixa etária, ocupação, faixa salarial mensal, frequência que utiliza o transporte aéreo, motivos pelo qual utiliza o transporte aéreo, qual aeroporto utiliza, quais destinos que voa com mais frequência, destinos que gostaria que tivessem nos aeroportos de Chapecó e Pato Branco, horários de decolagem e chegadas.

Faixa etária

Ao compilar a pesquisa, a Acislo identificou que, por faixa etária, os usuários dos aeroportos que responderam ao questionário se classificam em 18% de 40 a 44 anos, 16,3% de 30 a 34 anos, 16,3% de 35 a 39 anos, 15,1% de 25 a 29 anos, 12,2% de 50 a 54 anos, 11% de 45 a 49 anos, 6,4% de 18 a 24 anos e 4,7% de 55 ou mais.

Ocupação

Sobre a ocupação dos usuários, identificou-se que 35,5% das pessoas de São Lourenço do Oeste que utilizam o transporte aéreo são empresários, 10% funcionários públicos, 7,6% gerentes de empresas, 7,1% prestadores de serviços, 5,3% supervisores de equipes, 4,7% diretores de empresas, 4,7% colaboradores de empresas, 4,1% estudantes, 3,5% engenheiros/arquitetos, 1,2% líderes de setores, 0,6% representantes comerciais, 0,6% auxiliares de cartórios, 0,6% bancários, além de outros.

Faixa salarial mensal

A faixa salarial mensal dos usuários é de: 26,9% entre R$ 2.000,01 e R$ 4.999,99, 26,3% entre R$ 5 mil e R$ 9.999,00, 23,4% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, 14,6% entre o salário mínimo e R$ 2 mil, 8,2% acima de R$ 20 mil e 0,6% até um salário mínimo.

Frequência que utiliza o transporte aéreo

Em relação a frequência que utiliza o transporte aéreo, 33,3% dos usuários disseram até seis vezes por ano, 21,1% apontaram uma vez por ano, 18,7% afirmaram duas vezes por ano, 11,1% disseram dez vezes por ano, 7% apontaram uma vez por mês, 4,7% afirmaram três vezes ao mês, 1,2% disseram mais de nove vezes ao mês.

Qual aeroporto que utiliza

Entre os usuários que responderam ao questionário, 70% utilizam o aeroporto de Chapecó (SC), 20% de Pato Branco (PR), 7,6% Pato Branco e Chapecó, e 0,6% Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba (PR).

Motivos

Questionados sobre os motivos pelo qual utilizam o transporte aéreo, 29,8% dos entrevistados disseram que somente para o lazer, 24,6% para trabalho e lazer, 15,8% somente trabalho, 10,5% trabalho, lazer e negócio, 5,3% trabalho, lazer, negócio e vinda de clientes, 4,1% lazer e negócio, 3,5% trabalho e negócio, 1,8% somente negócio e 0,6% por curiosidade.

Destinos

Sobre os destinos de maior frequência, a maioria dos usuários apontou ir para São Paulo, Florianópolis e Curitiba, além de Brasília, Porto Alegre, nordeste brasileiro e o exterior. Já sobre os destinos que gostariam que tivessem no aeroporto de Pato Branco, São Paulo (Guarulhos e Congonhas) também liderou na pesquisa, seguido de Campinas (SP) e Florianópolis (SC).

Horários das decolagens

Os melhores horários para que haja decolagens em Pato Branco, segundo a maioria dos pesquisados: 13% disseram entre 6h e 7h; 7,1% entre 7h e 8h; 7,1% entre 8h e 9h; 4,1% entre 5h e 6h.

Chegadas

Os melhores horários para as chegadas dos voos em Pato Branco, de acordo com a maioria dos entrevistados: 10,2% entre 19h e 20h, 7,2% entre 21h e 22h e 6,6% entre 16h e 17h.

Análise

Com base nas informações obtidas através da pesquisa, a Acislo destaca que os usuários argumentaram que “o aeroporto de Campinas (Viracopos), assim como o de Guarulhos, permite conexões para os mais variados destinos do país. Também são porta de entrada para o interior de São Paulo e Minas Gerais e permitem maior facilidade para os usuários do que o voo atual, com destino a Curitiba, que não permite tantas conexões, e quando permite, os horários são muito distantes. Com certeza, uma localidade do estado de São Paulo traria facilidades para os usuários, devido à quantidade de negócios e a potencialidade daquela região, e mais movimentação para o aeroporto de Pato Branco”.

Além disso, os usuários destacaram que trabalham com comércio exterior e têm grande concentração de fornecedores de serviços no litoral de Santa Catarina, região de Itajaí. Assim, voos de Pato Branco a Navegantes, por exemplo, facilitaria muito para eles.

Outro fator observado é o fato de que os voos em Pato Branco vivem lotados, se tornando imprescindível a implantação de mais voos para absorver a demanda. “Precisamos muito de um voo que saia de Pato Branco pela manhã e retorne à noite, tendo como destinos Curitiba e São Paulo. É ilógico imaginar um aeroporto regional na região de Renascença (PR), com orçamento superior a R$ 400 milhões, sendo que o aeroporto de Pato Branco – em uma ótima localização no Sudoeste –, que está a um passo de se tornar regional, com orçamento de menos de R$ 50 milhões. Questão de eficiência com dinheiro público”, enfatizaram os usuários.