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A Casan, estatal de Santa Catarina que fornece água e saneamento para a maior parte do Estado, fechou 2020 com lucro líquido de R$ 112 milhões, 6% menor que o do ano anterior. O montante de investimentos chegou a R$ 225 milhões no período, cifra semelhante à de 2019 e a receita líquida de vendas alcançou R$ 1,3 bilhão, com aumento de 1,7% frente ao ano anterior.

Apesar da pandemia, que reduziu o consumo de água de empresas, e da seca, que atingiu boa parte do Estado, a Casan conseguiu fechar 2020 com resultados positivos. O reajuste aprovado em outubro foi postergado e a empresa também fez concessões para o combate à pandemia, incluindo a não adoção de cortes em caso de inadimplência.

- O principal motivo do resultado praticamente igual ao do exercício de 2019 foi a manutenção do faturamento, mesmo que pese não haver reajuste da tarifa e, principalmente, redução constante de despesas operacionais, explicou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Ivan Gabriel Coutinho.

O Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização alcançou R$ 393,5 milhões, 7,8% superior ao de 2019. De acordo com o diretor financeiro, o aumento do Ebitda é positivo porque permite à companhia ampliar o total de financiamento para investimentos. Segundo ele, a projeção para este ano é de cifra maior, da ordem de R$ 530 milhões. Um fato novo foi a decisão da companhia de destinar todo o seu resultado do ano passado para investimentos, o que soma R$ 30 milhões.

A companhia fechou o ano com um crescimento de 2,7% no número de ligações. Atende, atualmente, 195 municípios em SC e um no Paraná. Desse total, 183 são contratos da companhia, nove são concessões vencidas e três são por convênio.

O resultado positivo também veio da ampliação da oferta de serviços, em especial de esgoto sanitário.