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A ONG Amigo Bicho, que atua no resgate e cuidado de animais em São Miguel do Oeste, anunciou nesta semana a suspensão das atividades devido à falta de recursos financeiros. O presidente da entidade, Rogério Dariff, explicou que a superlotação e os altos custos inviabilizaram a continuidade do trabalho.

Atualmente, a ONG cuida de mais de 100 animais – 70 cães e 50 gatos –, muitos deles vítimas de maus-tratos e abandono. Os custos mensais com atendimentos veterinários e medicamentos variam entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, além dos gastos com alimentação, que são cobertos por doações e campanhas voluntárias.

A ONG não recebe repasses fixos do poder público e depende do Programa Melhor Amigo, que libera recursos trimestrais para clínicas veterinárias. No entanto, os valores são irregulares e insuficientes. "Tem meses que recebemos R$ 3 mil, em outros R$ 6 mil. Não há uma constância", destacou Dariff.

A última verba liberada foi em setembro de 2023, e os custos emergenciais, como atendimentos a animais atropelados, chegam a ultrapassar R$ 2 mil por caso. Sem previsão de novos repasses e com despesas acumuladas, a ONG decidiu interromper as atividades. "Sem um valor fixo, fica inviável continuar com os resgates", lamentou o presidente.