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A dificuldade da população em manter contato telefônico com o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar gera debate. O vereador, Marino Spies, considera que este é um assunto polêmico e relevante. Ele destaca que a culpa não é do quartel do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar local e sim do sistema estadual. Para ele, existe a necessidade urgente de mudar o direcionamento das ligações devido à grande dificuldade de as pessoas conseguirem contato.

“As ligações são direcionadas para centrais do Rio Grande do Sul ou de outras regiões de Santa Catarina. Um exemplo foi o incêndio em uma residência na semana passada. A ocorrência foi no bairro onde está localizado o quartel dos bombeiros e com a falta de contanto demorou para ocorrer a comunicação aos bombeiros” disse.

Marino Spies reforça que os números 190 ou 193 não possuem eficiência para urgência e emergência. São relatos de muitas pessoas que não conseguem contato com os Bombeiros e Polícia Militar. Cita que esta é uma responsabilidade do governo estadual e não da polícia e bombeiros locais. O Vereador reforça que bombeiros e policiais, após o comunicado possuem atendimento perfeito. “Tem que haver uma mudança para melhorar isso aqui, disponibilizar um número para as pessoas guardarem em casa, para ligarem direto na Polícia e Bombeiros daqui. Não tem reclamação do atendimento” comenta.

O Vereador, Marino Spies, projeta uma mobilização maior buscando apoio de legislativos municipais em outras cidades. A moção de apelo será enviada na sessão da próxima segunda-feira, 22, mas já recebe manifestações positivas de todos os vereadores.

O Comandante do Destacamento da Polícia Militar de Itapiranga, Sargento Flávio Paulus, alega que ocorrem problemas de operadoras de telefone e também aponta a falta de efetivo como fator que dificulta a permanência de um profissional para atender o telefone.

“O problema de operadoras com a central de emergência gera dificuldades aos solicitantes. O sistema atual da Polícia Militar reúne 35 municípios em São Miguel do Oeste. Nesta central é gerado o boletim de ocorrência em que o atendente pede informações ao solicitante” destacou.

Segundo o Comandante, a dificuldade em conseguir comunicação com a Polícia Militar, é a mesma situação de que as pessoas não conseguem ligações para um familiar ou outros contatos. Flávio Paulus avalia que este é um problema externo e não depende da Polícia Militar.

O Comandante do Quartel dos Bombeiros de Itapiranga, Subtenente André Rauber, destaca que a mudança da central de atendimento de emergência foi uma decisão institucional do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. O atendimento que era feito em Itapiranga passou para o Batalhão, em São Miguel do Oeste. No momento a central de emergência está em Chapecó. Este sistema não depende de uma ação do quartel local.

Rauber reconhece algumas dificuldades devido a problemas com operadoras de telefonia e reforça que a centralização de chamadas é uma decisão é do comando dos bombeiros. ”Uma das justificativas é a falta de efetivo. Antes exigia que em todos os quartéis tivesse alguém sempre disponível para atender esses chamados de emergência, hoje com a central única, possibilita que no caso de ocorrências simultâneas ou ocorrências maiores, todo o efetivo do quartel seja deslocado para esse atendimento” explica.

Ainda segundo André Rauber, a iniciativa dos vereadores pode provocar uma avaliação para buscar alternativa visando melhorar o atendimento à população.