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Cerca de 60 inquéritos relacionados à violência doméstica foram aberto em São Miguel do Oeste até maio de 2024, conforme revelou o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), Cleverson Muller. Em 2023, foram registrados aproximadamente 170 casos. Muller destacou que, houve um crescimento desses números nos últimos anos, e, particularmente em março, é realizado um levantamento detalhado das informações locais, resultando em um dossiê que centraliza as estatísticas relacionadas às mulheres de São Miguel do Oeste. O delegado ressaltou que, além do aumento no número de casos, houve também um incremento no descumprimento de medidas protetivas.

Ele enfatizou que 71% dos registros são iniciados pela Polícia Civil ou pela DPCAMI, evidenciando o compromisso dessas instituições em lidar com essa problemática. Muller informou que as vítimas têm à disposição diversos canais de denúncia, inclusive a opção de registrar boletim de ocorrência de forma virtual, garantindo a preservação da identidade da vítima. Em relação aos procedimentos, ele destacou que a Polícia Civil possui protocolos específicos para lidar com casos de violência doméstica.

Além disso, Muller ressaltou que São Miguel do Oeste conta com uma rede de enfrentamento à violência doméstica, que inclui contato pessoal, grupos de WhatsApp e a colaboração de diversos órgãos, como o Ministério Público, o Conselho Tutelar e o Poder Judiciário. Essa rede busca oferecer apoio e proteção às vítimas, além de promover a conscientização e prevenção desse tipo de violência.