14.12.2021 às 08:29h - atualizado em 14.12.2021 às 08:42h - Geral

Proprietário de circo explica realidade do setor na pandemia

Adilson Kipper

Por: Adilson Kipper Iporã do Oeste - SC

Proprietário de circo explica realidade do setor na pandemia
Celso Torres durante apresentação na França

Celso Torres é proprietário do Circo Torres, na cidade de São Marcos, há 37 quilômetros de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, porém devido ao cenário do Coronavírus, ele deixou o estado e país para seguir no ramo na Europa. No Brasil o circo está parado há praticamente dois anos, salvo para alguns grupos com estrutura maior, que trabalham com público restrito nos shows.

Torres comenta que recebeu convite de um dos melhores artistas na arte do Globo da Morte, representando assim o Brasil na Europa. Recentemente, ele esteve na cidade de Lyon, na França, e agora está em Bordeaux, no mesmo país, onde ficará até o final do ano.

Celso Torres cita que a arte circense, assim como o teatro e a dança são mais valorizados na França, onde o governo tem incentivado as empresas a retomarem o trabalho, embora com muitas restrições. Para entrar em shopping ou teatro, por exemplo, é preciso apresentar passaporte sanitário. Já no Brasil, o destaque vai para os governos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que segundo Torres, ajudaram o circo, a música e o teatro com alguns projetos.

O proprietário de circo detalha que no Brasil existem cidades onde os circos podem receber 60% da capacidade, e outras com 40 ou 30%, o que dificulta para os profissionais do ramo. Como o circo dele no Brasil recebe um público mais voltado às famílias, não observa vantagem em trabalhar na situação atual, com público reduzido.

Torres cita que por causa da paralisação das atividades do circo da família, a esposa dele trabalha no caixa de mercado na cidade de São Marcos, enquanto o irmão atua numa fabricante de cerveja em São Paulo. Ele cita que muitos perderam empregos e passaram por várias dificuldades, e lembra que no momento todos devem se unir e aprender que o maior valor existente é a família.

Um sonho do proprietário de circo é ir para os Estados Unidos, levando a arte brasileira para outras partes do mundo.

Foto(s): Arquivo pessoal/Jornei de Souza/Portal Peperi

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