14.11.2025 às 11:48h - São Miguel do Oeste
O setor leiteiro em Santa Catarina vive uma das piores fases dos últimos anos. Com o custo de produção em R$ 2,32 e produtores recebendo até R$ 1,70 por litro, o prejuízo virou rotina em várias propriedades do estado de Santa Catarina.
Essa situação foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, e agora está sendo debatida também pelos sindicatos regionais. Em São Miguel do Oeste, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Lírio Wathier, afirmou que os agricultores estão no limite.
“O produtor não pode trabalhar com prejuízo. Estamos sendo procurados quase todo dia por associados pedindo ajuda”, contou.
Segundo ele, se não houver resposta das autoridades, manifestações maiores podem acontecer.
“Se precisar, vamos sim fechar os trevos. Mas tem que ser algo coordenado com todos os sindicatos e federações, como a FETAESC. Isolado não resolve.”
Além da crise no leite, outras áreas também enfrentam dificuldades, como arroz, suínos e grãos. Isso agrava o risco de abandono da atividade rural e dificulta ainda mais a sucessão familiar no campo.
“Se tudo dá prejuízo, como convencer os filhos a continuar na roça?”, questiona o presidente.
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