14.09.2024 às 22:12h - Saúde

SC registrou 27 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave em agosto

Ricardo Orso

Por: Ricardo Orso São Miguel do Oeste - SC

SC registrou 27 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave em agosto
Foto: Banco de imagem

Santa Catarina registrou 27 mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) durante o mês de agosto deste ano, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Na mesma época, o Estado começou a sentir a presença das fumaças dos incêndios que ocorrem no Centro-Norte do Brasil, Bolívia e Paraguai, e que podem provocar problemas de saúde devido a baixa umidade relativa do ar.

A SRAG abrange casos de gripe que evoluem com comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva à hospitalização, sem outra causa específica, explica a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC). As causas podem ser vírus respiratórios, como o da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes.

Além do número de mortes, a SES registrou 9.19 notificações de hospitalizações por SRAG em agosto. No total, entre janeiro e agosto de 2024, 456 pessoas morreram em decorrência da doença em Santa Catarina. Além disso, outras 9.530 pessoas foram hospitalizadas. Não se sabe, entretanto, se os números estão diretamente associados com o surgimento das fumaças em decorrência das queimadas.

Sabrina Sabino, médica infectologista, explica que a presença das fumaças em Santa Catarina podem provocar ou agravar doenças cardiorrespiratórias, além de causar o ressecamento dos olhos e nariz.

— O ressecamento da mucosa propicia também o aumento significativo de doenças infecciosas, porque são as nossas mucosas que nos protegem. Com isso, o vírus acaba fazendo uma propagação muito mais rápida e vamos ter um aumento de doenças pulmonares, respiratórias e virais, como a influenza —diz.

As principais medidas de proteção da saúde envolvem hidratação e promover a umidificação do ar. O Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras dos tipos N95, PFF2 ou P100 para quem mora nas regiões mais afetadas pelos incêndios. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça.

— As pessoas que são asmáticas, que têm problemas respiratórios, já devem ter um umidificador em casa. Mas se conseguir deixar pelo menos um balde, uma bacia de água no ambiente, isso já ajuda. A água evapora e, consequentemente, aumenta um pouquinho a umidade do ar — explica a médica.

Fonte: NSC

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