14.01.2020 às 15:34h - atualizado em 14.01.2020 às 15:35h - Geral

OUÇA: Delegada confirma mudança da DPCAMI para nova sede neste ano

Cristian Lösch

Por: Cristian Lösch São Miguel do Oeste - SC

OUÇA: Delegada confirma mudança da DPCAMI para nova sede neste ano
Cristian Lösch / Portal Peperi

O ano de 2019 foi marcado por um incremento das estatísticas da violência contra a mulher. A avaliação foi feita pela Delegada responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, Lisiane Junges. Ela esteve no Peperi Rádio Repórter e disse que o número de medidas protetivas emitidas para mulher em situação de violência doméstica aumentou em 50 por cento. Em 2018, foram 150 pedidos judiciais desse tipo. Em 2019, o número subiu para 225. A delegada acredita que o dado seja fruto da conscientização das mulheres que toleram cada vez menos as atitudes violentas de companheiros e maridos. No ano de 2019, não houve nenhum caso de feminicídio atendido pela DPCAMI.

Apesar do aumento no número de medidas protetivas para mulheres vítimas de violência doméstica, o total de registros feitos pela DPCAMI caiu em 2019. De acordo com a delegada Lisiane Junges, no ano passado foram confeccionados cerca de 1.300 boletins de ocorrência por violência doméstica e familiar. Em 2018, foram 1.700 registros. A delegada comentou que a queda não significa, necessariamente, uma redução da violência. Ela explicou que esse tipo de crime ainda tem uma elevada taxa de subnotificação e muitos casos demoram para chegar ao conhecimento da polícia. Lisiane disse que o plantão de final de ano, por exemplo, entre o Natal e o Réveillon foi marcado por muitos registros e casos de prisões por lesão corporal, ameaças e constrangimentos contra mulheres e outros familiares, como crianças e idosos.

A Polícia Civil já identificou um imóvel para abrigar a DPCAMI em 2020. A confirmação é da Delegada responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, Lisiane Junges. De acordo com ela, a casa fica nas proximidades da Vila Militar, no centro da cidade e tem condições para receber todos os serviços prestados pela DPCAMI. Lisiane disse que o estado já abriu o edital para a reforma do local e o dinheiro para o pagamento do aluguel já está previsto no orçamento. A delegada comentou que a delegacia da mulher funciona em oito salas da delegacia regional, espaço que ela considera insuficiente. Lisiane disse que a nova sede é mais apropriada e vai melhorar o atendimento das mulheres vítimas de violência.

O efetivo da Delegacia da Mulher poderia ser maior, mas mesmo assim, a equipe atual consegue manter a demanda de serviços em dia. O comentário é da delegada da DPCAMI, Lisiane Junges. Ela explicou que o efetivo é formado por quatro agentes e dois escrivães. A principal ausência é a de uma psicóloga. A vaga está aberta há cerca de dois anos e essa profissional realiza um trabalho muito importante no atendimento das vítimas. No Peperi Rádio Repórter a delegada falou ainda sobre os programas preventivos que a delegacia da mulher realiza, como por exemplo, o Conhecer para se proteger que serve para evitar os crimes contra crianças e adolescentes pela internet. Outra ação que vai continuar é o programa Basta, voltado para a recuperação dos agressores.

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