13.09.2025 às 09:36h - Mundo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado, 13, que novas sanções contra a Rússia só serão impostas quando os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deixarem de comprar petróleo russo. A declaração foi feita na rede social Truth.
Segundo Trump, o comércio energético entre Moscou e países da aliança militar “enfraquece muito” o poder de negociação com o governo de Vladimir Putin.
“Estou pronto para impor grandes sanções à Rússia quando todas as nações da Otan concordarem e começarem a fazer o mesmo, e quando todas pararem de comprar petróleo da Rússia”, escreveu.
Além da pressão sobre o petróleo, o líder norte-americano defendeu que a Otan imponha tarifas de 50% a 100% sobre produtos chineses, a serem retiradas apenas com o fim da guerra. De acordo com ele, Pequim exerce forte influência sobre Moscou, e medidas econômicas contra a China poderiam enfraquecer indiretamente a Rússia.
No último fim de semana, Trump já havia sinalizado uma nova rodada de sanções contra Moscou como forma de forçar negociações de paz na Ucrânia. Até o momento, porém, nenhuma medida adicional foi oficializada. Em vez disso, Washington vem atingindo países que mantêm comércio energético com a Rússia. A Índia, por exemplo, recebeu uma tarifa de 50% no início de agosto por continuar comprando petróleo russo.
Apesar das promessas de encerrar a guerra assim que assumisse o segundo mandato, Trump ainda não conseguiu avanços significativos. No mês passado, ele se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, mas o encontro terminou sem acordo.
Moscou exige o reconhecimento internacional dos territórios ucranianos conquistados nos últimos três anos como condição para o fim da ofensiva — exigência considerada inaceitável por Kiev e aliados europeus.
Enquanto isso, algumas nações da Europa discutem o envio de tropas à Ucrânia em um cenário de pós-guerra, como forma de garantir segurança e evitar novas invasões. A possibilidade, no entanto, contraria uma das exigências de Putin, que cobra o enfraquecimento militar ucraniano para encerrar o conflito.
Fonte: Metrópoles
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