13.09.2025 às 19:00h - atualizado em 14.09.2025 às 08:59h - Educação

Santa Catarina está entre os estados com menor oferta de Ensino Médio Integral

Lucas Lôndero

Por: Lucas Lôndero São Miguel do Oeste - SC

Santa Catarina está entre os estados com menor oferta de Ensino Médio Integral
Foto: Divulgação

Santa Catarina está entre os estados com os menores índices de matrícula no Ensino Médio Integral (EMI), segundo levantamento do Instituto Todos Pela Educação com base em dados do Censo Escolar do Inep. Apenas 3% dos estudantes da rede estadual estão nessa modalidade, que oferece jornada estendida e atividades complementares voltadas ao desenvolvimento integral dos alunos.

O EMI é considerado uma política estratégica por seus impactos na aprendizagem, na redução da evasão escolar e no acesso ao Ensino Superior. Porém, o estudo mostra que Santa Catarina não acompanhou a expansão registrada em outras regiões do país, especialmente no Nordeste, onde Piauí (58%) e Pernambuco (71%) lideram.

Queda nas matrículas

A média nacional de matrículas em tempo integral é de 22%. No Brasil, o número de escolas que ofertam EMI passou de 1.673, em 2016, para mais de 7 mil em 2024. Em sentido oposto, Santa Catarina apresentou queda: em 2016, 6,6% dos alunos da rede estadual estavam no modelo; em 2024, o índice caiu para 3%.

O movimento também se reflete na rede escolar. Em 2016, 19,3% das escolas estaduais ofereciam Ensino Médio Integral. O índice chegou a 26% em 2022, mas despencou para apenas 1% em 2023. Em 2024, houve leve recuperação, alcançando 7% — ainda 12,3 pontos percentuais abaixo do patamar de 2016.

Planejamento insuficiente

O estudo destaca que o estado não menciona o EMI em seu plano de governo, citando-o apenas no Plano Plurianual (PPA), sem metas específicas. Atualmente, 95 escolas da rede estadual oferecem a modalidade. A meta é ampliar para 243 unidades até 2026, por meio do programa Qualifica SC, vinculado ao movimento Educação Levada a Sério.

— O perfil do jovem catarinense de buscar a autonomia financeira desde cedo explica porque o Estado priorizou um caminho educacional mais alinhado ao seu perfil econômico e social. No entanto, estamos procurando ampliar oportunidades de ensino integral de qualidade para oferecer ainda mais condições aos nossos estudantes — afirmou a secretária de Estado da Educação, Luciane Bisognin Ceretta.

Nota da SED

Em posicionamento oficial, a Secretaria de Estado da Educação (SED) afirmou que vem intensificando ações para ampliar a Educação em Tempo Integral. A pasta informou ter concluído a elaboração da Política de Educação Integral em Tempo Integral (EITI), construída de forma coletiva com a participação de cerca de 300 profissionais da educação, universidades e instituições parceiras.

O documento, segundo a SED, servirá como referência também para redes municipais de ensino.

Fonte: NSC Total

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