12.02.2020 às 15:15h - atualizado em 12.02.2020 às 15:31h - Geral

SMO: Programa BASTA oferece tratamento para 57 agressores de mulheres

Marcos Meller

Por: Marcos Meller São Miguel do Oeste - SC

SMO: Programa BASTA oferece tratamento para 57 agressores de mulheres
Divulgação / Portal Peperi

O programa BASTA será retomado nesta semana. A informação é da Coordenadora do curso de Psicologia da Unoesc, Lisandra Antunes de Oliveira. O programa prevê o tratamento psicológico de homens acusados de violência doméstica e agressão contra mulheres. A iniciativa é uma parceria entre a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, Poder Judiciário e universidade. Neste ano, são dois grupos de terapia que recebem acompanhamento psicológico. De acordo com a professora, esse trabalho é fundamental para que os homens repensem seus comportamentos e atitudes com o objetivo de evitar que as agressões se repitam no mesmo ou em novos relacionamentos.

73 homens com histórico de violência contra a mulher já passaram pelo programa Basta. De acordo com a Coordenadora do curso de Psicologia da Unoesc, Lisandra Antunes de Oliveira, 57 homens ainda permanecem nos grupos de tratamento. Ela citou que alguns homens que poderiam ter recebido “alta” pediram para continuar participando do programa. O Basta foi criado há cerca de dois anos para trabalhar com a recuperação de homens envolvidos em casos de violência contra a mulher. A professora comentou que, além da punição, que pode ser de prisão inclusive, é muito importante olhar para o homem que comente a violência e ajudá-lo a superar esse problema. Os encontros dos grupos do programa Basta acontecem nas segundas-feiras à noite na Clínica de Psicologia da Unoesc.

Na última semana, o senado aprovou um projeto de lei que reforça o suporte legal para iniciativas como o programa Basta. Os senadores aprovaram a proposta que inclui na lista de medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação. Segundo o juiz da vara criminal de São Miguel do Oeste, Marcio Cristofoli, o projeto em questão vem em boa hora e vai dar mais efetividade para a lei Maria da Penha. Além disso, a medida reforça a parte educativa da legislação contra a violência doméstica. Cristofoli citou que a tentativa de tratar o agressor, além da punição, é importante para reduzir os casos de violência doméstica.

O projeto aprovado pelo senado depende agora da sanção do presidente Jair Bolsonaro para virar lei.

O programa Boa Tarde Peperi da última sexta-feira produziu uma enquete com a opinião da população sobre o projeto de lei aprovado pelo senado que inclui na lista de medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação. Divair Cecatto, de 45 anos, disse que o tratamento não adianta muito e que a lei deveria ser mais severa com os homens que agridem mulheres. Manoel Dutra de 67 anos disse que cada caso é um caso e que para alguns homens a terapia não terá muito resultado. Eliane d Silva de 43 anos concorda com o tratamento para os agressores. Essa também é a opinião de Alana De Carli, de 21 anos. Ela disse que concorda com a lei porque o tratamento do homem pode evitar novos casos de violência, mas também é necessário adotar penas mais duras para os agressores.

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