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A elevação da Diocese de Chapecó a Arquidiocese representa um marco significativo na trajetória da Igreja Católica na região. Segundo o bispo diocesano, Dom Odelir Magri, a decisão, anunciada pelo Papa Francisco na terça-feira, reflete o reconhecimento do trabalho e da caminhada da Igreja.

Com a mudança, Dom Odelir Magri passa a ser Arcebispo Metropolitano. Durante entrevista ao programa Peperi Entrevista, nesta sexta-feira, 8, ele destacou que Santa Catarina conta atualmente com 10 dioceses e, até então, tinha apenas uma arquidiocese, a de Florianópolis. Nesta semana, além de Chapecó, o Papa também anunciou a criação da Arquidiocese de Joinville.

A efetivação da Arquidiocese de Chapecó está prevista para o início do próximo ano, conforme informou Dom Odelir Magri. Ele explicou que essa transição trará mudanças na estrutura administrativa e na gestão da Igreja na região. A nova Arquidiocese de Chapecó abarcará quatro das 10 dioceses de Santa Catarina: Chapecó, Joaçaba, Caçador e Lages. Dom Odelir também destacou que a nova configuração pode acelerar o processo de criação da Diocese de São Miguel do Oeste, uma demanda antiga da comunidade do Extremo Oeste catarinense.

A primeira etapa desse processo será a criação de uma comissão que levantará as informações necessárias para a formação da Diocese de São Miguel do Oeste. De acordo com Dom Odelir, o grupo avaliará, entre outros pontos, a quantidade de municípios que fariam parte da nova diocese, a estrutura paroquial existente e a presença de uma catedral com residência para o futuro bispo diocesano. A função dessa comissão será elaborar um dossiê detalhado com todas as informações pertinentes à criação da diocese. A previsão é que a comissão seja instalada no começo do próximo ano.

A criação de uma diocese no Extremo Oeste não será um processo rápido. Segundo Dom Odelir, após concluído, o dossiê da comissão passará por análise e aprovação dos bispos de Santa Catarina e da presidência da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Em seguida, o projeto será enviado ao Núncio Apostólico do Brasil, representante do Vaticano no país, e, por fim, precisará da aprovação do Papa. Dom Odelir estima que o processo formal para a criação da Diocese de São Miguel do Oeste poderá levar cerca de uma década para ser concluído.