Rede Peperi

O Peperi Debates deste sábado, 8, trouxe uma reflexão sobre a condição da mulher na sociedade. Durante o programa, discutiu-se os avanços, os desafios e as questões ainda não resolvidas que envolvem a luta pela equidade de gênero. Com a participação de mulheres líderes locais, o debate visou refletir sobre a realidade da mulher, especialmente em São Miguel, e os passos ainda necessários para alcançar a igualdade de direitos.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Michele Beal, destacou que, apesar dos grandes avanços, ainda há um longo caminho a percorrer. Ela afirmou que a criação de conselhos e a legislação, como a Lei Maria da Penha, foram passos importantes na proteção e promoção dos direitos das mulheres, mas a equidade de gênero ainda não é uma realidade cotidiana. Para Michele, o fato de o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher ainda ser necessário demonstra que a luta não acabou.

A vereadora Andreia Rebelato, que tem um histórico de atuação na área da assistência social, apontou que, embora tenha havido grandes avanços, como o direito ao voto e a criação de conselhos de apoio, os desafios persistem. “A violência contra a mulher, por exemplo, ainda é uma realidade alarmante, com índices de subnotificação que podem mascarar a verdadeira extensão do problema.” Andreia acredita que a maior conquista tem sido a conscientização das mulheres sobre seus direitos e sua capacidade de exigir mudanças.

A advogada Mônica Locatelli ressaltou os avanços significativos, como a paridade de gênero nas chapas eleitorais e a eleição de mulheres para posições de destaque na OAB. No entanto, ela alertou que, embora a participação feminina tenha aumentado, ainda é insuficiente em muitos setores. Mônica citou o exemplo da primeira mulher a presidir a OAB no estado de Santa Catarina, uma conquista simbólica, mas que também revela o quão distante a igualdade plena ainda está.

Por fim, Simone Messer, vice-coordenadora do Núcleo da Mulher Empreendedora, complementou que, embora as mulheres estejam conquistando mais espaços, ainda existe uma resistência cultural e social que limita a igualdade real. Ela acredita que as mulheres devem continuar a se empoderar e a apoiar umas às outras, como uma maneira de fortalecer a luta por um futuro mais justo e igualitário.