06.04.2021 às 11:05h - atualizado em 06.04.2021 às 11:16h - Geral
O laboratório de microbiologia da Unoesc registrou em 2020 um aumento das amostras de água impróprias para o consumo. Esse percentual subiu de 28% em 2019 para 35% no ano passado. O laboratório faz a análise de amostras de água encaminhadas por entidades, associações e comunidades.
De acordo com a doutora em Microbiologia Agrícola e do Meio Ambiente, professora Eliandra Rossi, o aumento de amostras de águas contaminadas pode ter relação com a estiagem que atingiu a região no ano passado. Ela explicou que em razão da falta de água, muitas famílias acabaram reativando poços que estavam desprotegidos e contaminados.
Apesar do aumento de amostras de água contaminadas em 2020, a região vem apresentando avanços na qualidade da água em quase duas décadas. Em 2003, quando o Laboratório de Microbiologia da Unoesc foi ativado, o percentual de amostras impróprias para o consumo humano era de 81%, quase quatro vezes mais do que o índice verificado em 2019. A professora Eliandra Rossi disse que o índice vinha caindo anualmente e o crescimento das águas contaminadas em 2020 foi um ponto fora da curva, mas motivo de preocupação.
A professora da Unoesc, Eliandra Rossi explicou que a principal forma de contaminação das águas na região é a microbiológica. Segundo a professora, o maior índice de poluição não se dá por agentes químicos, como por exemplo, os agrotóxicos e dejetos da produção industrial.
Os principais problemas são provocados por bactérias oriundas de fezes. Ela fez um alerta de que o consumo de água contaminada resultaria em uma série de doenças gastrointestinais, como amebíase, rotavirose, hepatite A e outras.
Desde 2003, o Laboratório de Microbiologia da Unoesc São Miguel do Oeste realizou em torno de 13.400 mil análises, por meio da prestação de serviços, e cerca de duas mil provenientes de projetos de pesquisa.
OUÇA A ENTREVISTA COM A PROFESSORA DA UNOESC, ELIANDRA ROSSI.
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