05.08.2020 às 07:25h - atualizado em 05.08.2020 às 07:28h - Política

Líderes têm cinco sessões para indicar membros da comissão do impeachment

João Bresolin

Por: João Bresolin São Miguel do Oeste - SC

Líderes têm cinco sessões para indicar membros da comissão do impeachment
Divulgação

O 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Mauro de Nadal do MDB, anunciou na sessão desta terça-feira, 04, a divisão das vagas na comissão especial que analisará o pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva do PSL, a vice Daniela Reinehr, sem partido, e o secretário Jorge Eduardo Tasca. Conforme estabelece o Regimento Interno da Alesc, os líderes terão até cinco sessões ordinárias para indicar os nove integrantes da comissão.

A repartição das vagas levou em conta a representação numérica de cada partido ou bloco no dia 1º de fevereiro de 2019, conforme determina o regimento. Assim, o MDB, o Bloco Social Liberal PSL e PL, o Bloco PP-PSB-Republicanos-PV e o Bloco Social Democrático, PSD-PSDB-PDT e PSC terão, cada um, duas vagas. O PT ocupará uma vaga na comissão.

Quando os nove integrantes estiverem indicados pelos líderes, seus nomes serão submetidos a uma votação em plenário, que confirmará a composição da comissão. Concluída a votação, o presidente da Assembleia designará os membros da comissão, que terão até 48 horas, contados a partir da publicação do ato de designação no Diário Oficial, para se reunir e eleger presidente, vice e relator.

A principal atribuição da comissão especial será analisar as defesas de Moisés, Daniela e Tasca à representação por crime de responsabilidade que tramita na Assembleia Legislativa. Ambos foram notificados oficialmente da denúncia no último dia 30 e terão o prazo de dez sessões ordinárias para apresentarem as respostas, o que deve ocorrer até 25 de agosto.

Depois que receberem as respostas, os membros da comissão terão cinco sessões ordinárias para emitirem o parecer que resultará no projeto de decreto legislativo (PDL) sobre o acatamento ou não da denúncia.

Conforme a representação, de autoria do defensor Ralf Zimmer Junior, o governador, a vice e o secretário teriam cometido crime de responsabilidade na concessão de reajuste salarial dos procuradores do Estado, visando à equiparação remuneratória com os procuradores jurídicos da Assembleia.

Fonte: Alesc

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