03.10.2023 às 14:49h - atualizado em 03.10.2023 às 14:50h - Política
Em reunião com o presidente da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, vereador Paulo Drumm, agentes de combate a endemias e profissionais da Gerência Regional de Saúde manifestaram preocupação com os casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, e alertaram para a criação de focos do mosquito nos cemitérios, considerando a proximidade com o Dia de Finados.
Na data, comemorada em 2 de novembro, é hábito da população levar flores aos túmulos de entes queridos. A preocupação dos profissionais, porém, é com a embalagem das flores, pois muitas são envolvidas por um invólucro de plástico. Nesse plástico, a água fica parada e torna-se um local propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. O mesmo ocorre quando são levadas flores dentro de recipientes de vidro.
O encontro dos profissionais com o presidente da Câmara ocorreu na tarde desta segunda-feira (2), no gabinete de Paulo Drumm. Participaram da reunião os coordenadores na Divisão de Vigilância em Saúde, os agentes de combate a endemias Renério Dill e Junior dos Reis; a bióloga da Gerência Regional de Saúde, Marciéli Bogo; e o técnico agrícola da Gerência, Ricardo Zanatta.
A preocupação dos profissionais se intensifica em razão de que São Miguel do Oeste viveu uma situação de emergência por causa da dengue em 2022, ano em que registrou mais de mil casos no município. Em 2023, outra inquietação surge em virtude da escassez de dias com temperaturas baixas durante o inverno, condição que normalmente resulta na diminuição do número de focos do mosquito.
A bióloga Marciéli Bogo destaca que em 2023 a região Extremo-Oeste teve 2.244 casos suspeitos de dengue, dos quais 771 confirmados. A maior incidência ocorreu nos municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Saudades. São Miguel do Oeste teve sete casos autóctones de dengue, sete importados e um de origem indeterminada. Até 23 de setembro deste ano, o Extremo-Oeste registrou 2.449 focos do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue, chikungunya e zika. Conforme Renério Dill, da Divisão de Vigilância em Saúde, São Miguel do Oeste teve neste ano 617 focos do mosquito.
O presidente da Câmara, vereador Paulo Drumm, afirmou aos profissionais que pretende apresentar um projeto de lei proibindo o uso de invólucro de plástico nas flores depositadas nos cemitérios. Com isso, busca-se reduzir o número de focos do mosquito Aedes aegypti pelo menos nessas áreas da cidade. O vereador ainda alerta para que a população mantenha seus pátios limpos e faça a sua parte para evitar a propagação do mosquito transmissor da dengue.
Fonte: Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores
Foto(s): Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores
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