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Santa Catarina já registrou 1.311 focos de incêndio neste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acessados pela NSC TV. A quantidade já é maior do que a soma de todo o ano passado, quando foram contabilizados mil focos de incêndio no Estado.

O Inpe acompanha em tempo real focos de incêndio pelo país com informações obtidas por satélites. São contabilizados incêndios com mais de 30 metros de frente de fogo, que são as ocorrências que causam mais danos.

Nos últimos dez anos, 2020 ainda é o ano com mais focos de incêndio registrados em Santa Catarina: 1.936. Depois, vem 2021, quando foram contabilizados 1.849 incêndios em todo o ano.

Cidades da Serra concentram as maiores quantidades de focos de incêndio, entre janeiro e agosto deste ano. Lages e São Joaquim lideram o ranking, seguidas de Capão Alto. Na sequência aparecem Água Doce, no Meio-Oeste, Campo Belo do Sul e São José do Cerrito, ambas também na Serra.

Focos de incêndio registrados por ano em SC

2024 (1º de janeiro a 1º de setembro): 1.311 focos de incêndio

2023: 1.000 focos de incêndio

2022: 958 focos de incêndio

2021: 1.849 focos de incêndio

2020: 1.936 focos de incêndio

2019: 1.316 focos de incêndio

2018: 1.008 focos de incêndio

2017: 1.156 focos de incêndio

2016: 1.664 focos de incêndio

2015: 763 focos de incêndio

Cidades que mais registram focos de incêndio em SC

Lages: 178

São Joaquim: 103

Capão Alto: 70

Água Doce: 66

Campo Belo do Sul: 41

São José do Cerrito: 41

Incêndios no Brasil

As queimadas são comuns nesta época do ano para limpeza e preparo do solo antes do plantio. No entanto, em 2024, os incêndios se intensificaram significativamente. O Pantanal e o Cerrado totalizaram a maior quantidade de focos de incêndio no primeiro trimestre, desde o início das medições em 1988 pelo Inpe. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal estão investigando possíveis ações criminosas.

Na região Norte, especialmente no Amazonas e em Rondônia, os incêndios vêm afetando a qualidade do ar. Também estão sendo registrados focos no Pantanal, para onde o governo de Santa Catarina enviou reforços de bombeiros para atuar no combate às chamas.

Devido ao fenômeno, Santa Catarina e outros estados da região Sul foram atingidos por um “corredor” de fumaça vindo de outras partes do Brasil, na segunda quinzena de agosto. Em 16 de agosto, a Defesa Civil do Estado registrou a fumaça encobrindo o céu em vários municípios, deixando o horizonte turvo, com sol avermelhado.