02.03.2023 às 20:31h - Política
Está em tramitação na câmara de vereadores um projeto de lei que facilitar a volta das sacolas de plástico comum nos supermercados da cidade. A proposta é de autoria do vereador do PL, Nini Scharnoski. De acordo com ele, a lei em vigar cita que os mercados que quiserem fornecer sacolas plásticas para as mercadorias compradas pelos consumidores podem oferecer, mas que, obrigatoriamente, o material deve ser oxibiodegradável. A proposta do vereador substitui a expressão “obrigatoriamente” pela palavra “preferencialmente”. Se o projeto for aprovado, os mercados e similares poderão fornecer as sacolas comuns para os consumidores. O projeto ainda está nas comissões do legislativo.
O projeto que trata do uso das sacolas de plásticos nos mercados não autoriza e nem permite o fornecimento desses utensílios, mas deixa a decisão na mão dos supermercadistas. O comentário é do vereador Nini Scharnoski. Ele esteve no Boa Tarde Peperi de ontem e afirmou que praticamente todos os produtos adquiridos nos mercados vem em embalagens de plásticos. Nini questionou porque a cobrança recai apenas sobre as sacolinhas para levar as compras para casa. O vereador disse que essa questão deve ser repensada. Na opinião de Nini, o reingresso das sacolinhas não vai ter impactos ambientais expressivos.
As sacolas de plástico comum foram abolidas nos supermercados há cerca de 12 anos e São Miguel do Oeste é único município do pais com um projeto desse tipo em vigor há tanto tempo no país. A observação é da presidente do Instituto Catuetê, Indianara Herbert. Ela disse que a ONG mantém a mesma posição que teve ao longos dos últimos anos. Indianara comentou que a entidade foi contra a lei que permitiu o uso de sacolas oxibiodegradáveis e também não concorda com o projeto apresentado pelo vereador Nini Scharnoski. Ela citou que a abolição das sacolas é fruto de um acordo e da conscientização ambiental da sociedade. Indianara comentou que cerca de 200 milhões de sacolas deixaram de circular na cidade nos últimos anos, evitando um grande passivo ambiental. Ela ressaltou que as sacolas levam cerca de 400 anos para se decompor na natureza e que evitar o uso é a melhor ação do ponto de vista ambiental.
A mudança proposta pelo vereador Nini Scharnoski é um retrocesso ambiental. A afirmação é do vice-presidente regional da Associação de Supermercadistas, Ravier Centenaro. Ele disse que o projeto que tramita no legislativo não muda em nada realidade local, já que as sacolas deixaram de ser usadas porque houve uma conscientização dos comerciantes e da população. Ravier disse que vai votar contra o projeto de lei que prevê o uso preferencial e não obrigatório de sacolas oxibiodegradáveis. Ele comentou que essa é uma questão ambiental e não de custos para as empresas.
Comentar pelo Facebook