01.11.2024 às 11:02h - atualizado em 01.11.2024 às 11:05h - Santa Catarina
Mais um importante passo foi dado para o início das atividades do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Leite (NCTI), no Oeste Catarinense. Nesta quinta-feira, 31, o governador Jorginho Mello esteve em Chapecó, para a assinatura do termo de mútua colaboração em ciência, tecnologia e inovação, celebrado em conjunto com a Fundação do Estado de Apoio a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O documento oficializa a suplementação de R$ 10.630.693,07 ao edital 33/2024, permitindo assim, que mais projetos voltados à consolidação do Núcleo, localizado no campus de Pinhalzinho da Udesc, sejam beneficiados.
Com o aditivo, o valor global de chamada pública 33/2024, lançada pela Fapesc e pela Udesc em junho, passará de R$ 32 milhões para R$ 42,6 milhões. Com o incremento, o número de projetos contemplados aumentou, totalizando 18 propostas com valor de até R$ 3,2 milhões cada.
Do valor total da chamada pública com a suplementação, R$ 29.732.360,83 serão destinados a despesas de capital (como aquisição de máquinas e equipamentos). O edital também prevê a contratação de 37 bolsistas para colaboração no desenvolvimento dos projetos.
“Vai ser uma virada de chave para a bacia leiteira, para a qualidade dos produtos lácteos. Nós vamos dar condições para pesquisadores, cientistas, professores e a nossa universidade junto com a Fapesc, e com a Secretaria de Ciências e Tecnologia fazerem análise e pesquisa. Isso vai ser uma transformação. Essa fusão com a academia, com quem produz, com quem emprega é o que nós temos de bom para mostrar”, disse o governador Jorginho Mello.
O presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, reafirma a importância do NCTI para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite, uma vez que o produto não precisará ir para outros estados para a realização de testes. “O Núcleo irá permitir que toda a cadeia produtiva seja incentivada, do produtor rural a empresas de beneficiamento, estimulando a geração de novos negócios, uma produção mais eficiente e assim, maiores retornos de todos os atores envolvidos. O desenvolvimento das pesquisas e prestação de serviços do NCTI vão impactar no aumento da qualidade, produtividade e competitividade no setor lácteo.”
O reitor da Udesc, professor José Fernando Fragalli, comemorou a novidade. “Toda a região do Extremo Oeste Catarinense produtora de leite agora vai ter uma oportunidade de colocar valor agregado. Não é apenas a extração e o processamento do leite. O laboratório vai permitir além da análise da qualidade do leite também a definição de novos produtos junto com as indústrias”.
“Santa Catarina é o quarto maior produtor de leite do Brasil e a região Oeste é grande responsável dessa maior produção. Eu acho que vai servir então pra Santa Catarina inteiro na verdade ter um laboratório. É o único laboratório de Santa Catarina e está aqui na região oeste mas vai poder atender com certeza o estado todo para melhorar a qualidade do leite e logo consecutivamente a capacidade, das indústrias e processamento e também a produção”, explica o diretor da Udesc Oeste, Cleuzir da Luz.
Santa Catarina é destaque na produção leiteira
Santa Catarina é o quarto maior produtor de leite do Brasil, sendo responsável por mais de 3 bilhões de litros por ano, o que corresponde a 9,3% da produção nacional. A maior parte dos produtores catarinenses, 80%, se localiza no Oeste.
De acordo com o presidente da Fapesc, tanto as cidades de Santa Catarina em que há produção leiteira quanto os municípios do entorno, especialmente os do Meio-Oeste e Extremo Oeste, assim como as regiões Sudoeste do Paraná e Norte do Rio Grande do Sul poderão se beneficiar com as análises de qualidade do leite que serão realizadas nos laboratórios em Pinhalzinho.
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