01.08.2020 às 11:36h - atualizado em 01.08.2020 às 14:03h - Geral
Segundo o delegado da Receita Federal de Dionísio Cerqueira, Valter Durigon, esse ano já foram apreendidas mais de 30 mil garrafas de vinho até o mês de julho. No ano todo de 2019 foram 22 mil garrafas. Ele explica que esse crescimento se dá em decorrência das fronteiras estarem fechadas. Antes os turistas compravam, mas em pequenas quantidades na Argentina. Explica que depois do início da pandemia pelo novo Coronavírus, em nossa região é notável o aumento no número de apreensões.
A apreensão de mercadorias sem o desembaraço aduaneiro se caracteriza por descaminho. Já quando a mercadoria é proibida no Brasil é contrabando. Ele fala que quando a mercadoria é em grande quantidade ou reincidência, além de responder pelos crimes, também perde o veículo transportador e até prisão. Durigon cita que essa mercadoria pode ser destinada de três maneiras: destruição, doação às entidades, leilão ou doação para universidades para extrair o álcool e produzir álcool em gel.
O delegado da Receita Federal, Valter Durigon, pede à sociedade que evite comprar vinhos contrabandeados. Ele explica que por trás do vinho existem muito crimes, desde sonegação de impostos como de roubo de veículos utilizados. Frisa que há pouco tempo ocorreram apreensões de quadrilhas especializadas nesse tipo de crimes.
Durigon explica que mesmo com as fronteiras fechadas para a compra, as pessoas estão conseguindo atravessar com as mercadorias. Cita carreiros na fronteira seca ou até mesmo pelo Rio Peperi que em alguns locais é de fácil acesso. O delegado da Receita Federal de Dionísio Cerqueira fala que tem muita gente que sobrevive disso, e que é impossível fiscalizar tudo e alguma coisa acaba passando.
Durigon fala que em tempos normais é possível comprar 500 dólares em mercadorias e 12 litros de bebidas alcoólicas, o que daria 16 garrafas de vinho. Hoje não é possível comprovar a compra legal, pois as fronteiras estão fechadas e esse cidadão não poderia ter comprado na Argentina.
A estimativa que já foram apreendidos mais de 10 milhões de reais em mercadorias e veículos somente esse ano.
Foto(s): Rossy Ledesma / JF
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