01.03.2022 às 15:06h - atualizado em 01.03.2022 às 15:57h - Geral
Um protesto em forma de carreata reuniu mais de 50 veículos no início da tarde desta terça-feira, 01, em Iporã do Oeste. Os manifestantes pediram justiça no caso envolvendo a morte de Gilmar Rodrigues, de 54 anos. Ele morreu em 20 de janeiro na Linha Pirajú, interior do município, em uma ação policial.
De acordo com a PM, no dia dos fatos Gilmar estaria embriagado e não colaborava com o atendimento do Corpo de Bombeiros. O homem estava armado com um facão e pedras. Ao tentar convencê-lo, Gilmar partiu para cima da guarnição, sendo usado no primeiro momento, mecanismos do uso progressivo da força e mesmo assim as agressões continuaram, momento em que o Policial Militar reagiu e atirou contra o agricultor. Ele chegou a ser levado ao Hospital de Iporã do Oeste, mas acabou morrendo.
A família de Gilmar alega que ele ingeriu bebida alcoólica e, ao sair da casa, acabou sofrendo uma queda que resultou em um corte na cabeça. Após isso, a mulher o conduziu até o banheiro para tomar banho e logo em seguida chamou o Corpo de Bombeiros. Com a chegada da PM, ele continuou negando o atendimento. Os militares teriam usado gás de pimenta e arma de choque. Ela contou que quando Gilmar tentou fugir, foi alvejado pelos militares.
O 11º BPM/Fron instaurou um inquérito Policial Militar para apurar os fatos. De acordo com o comandante do batalhão, Tenente Coronel Jaílson Franzen, o Inquérito foi concluído e será encaminhado à justiça. Ele comenta que cabe ao Ministério Público avaliar se faz a denúncia ou se encaminha para arquivamento. Franzen reforçou que o inquérito foi bem instruído, com a oitiva dos envolvidos e testemunhas. Os vídeos das câmeras corporais dos militares que estavam na ocorrência também foram utilizados no inquérito.
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